domingo, 20 de fevereiro de 2011


Espero que um outro Maio,
mas com gosto a Abril,
ou que um outro Abril,
de esperanças de (re)começo,
se cumpra
por ordem dos ciclos,
e faça de todos nós
inteira primavera,
e possamos todos de pé,
desenhar outro caminho
floridos de humanidade,
(re)construídos de sentido...

A mudança espreita,
lá, do fundo da noite,
encoberta,
como trovão por retumbar,
impelida de (r)evolução.
Abalarão todas as estruturas,
e o poder
dos arrogantes,
dos auto-indulgentes,
simplesmente ruirá,
assim como todas as dores,
males
e (des)enganos,
dos infelizes,
terão o seu terminus...

Será outro,
e breve,
o refrão,
deste Lusitano fado,
a ser cantado:

Portugal, Portugal, Portugal!
(21Abr.2009)

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011


DIA DOS NAMORADOS
 Para você ficar nas nuvens com muito amor, paixão, romance...
Envio de colborações para essa página até 29 de junho  © dos respectivos autores 
POESIA
Antonio Cícero da Silva    novo 
Antonio Lázaro de Almeida Prado
Augusto dos Anjos    
Betha M. Costa
Carlos Assis
Carvalho de Azevedo    
Clarice Villac
Clarisse de Oliveira  
Custodio de Azevedo Bouças  
Dorcila Garcia
Efigênia Coutinho
Elane Tomich
Eliana Mora
Fernanda Guimarães
Florbela Espanca (Portugal)
 Ivone Mendes
João Jacinto (Portugal)
Lafaiete Luiz do Nascimento
Léa Madureira  
Manoel de Barros
Marcia Sanchez Luz
Marco Vasques
Maria Helena Bandeira
Martins Fontes   
Rogério Miranda
Vânia Moreira Diniz    


in
http://www.blocosonline.com.br/literatura/poesia/temdomes/2007/06/namorados/temdomes.php
CAPRICÓRNIO (***)
Instala-se-lhe
o Inverno
na alma,
onde guardará
pela noite dentro,
entre silêncio
e frio,
a única semente
a resistir.
E cair-lhe-ão
os chifres da ganância,
pouco antes de ruir
o cume da montanha.
E no auge
de todas as mortes
será despojado
de importância
e de pertenças,
e assim o espírito,
revigorado,
sofrerá a predestinação
de encarnar
uma outra primavera.

Restará o tempo,
para apagar
o que sobrou da montanha
e para que se faça notar
a essência humana
(re)nascida na planície.

E o velho Capricórnio,
com corpo de bode,
cauda de peixe...
Apenas, terá o tempo,
de aceitar, que morreu.
(E que, como ele,
o capitalismo,
também, já sucumbiu.)

                               joão m. jacinto

______________

(***) Este poema foi ficcionado na entrada de Plutão no signo de Capricórnio. Transitou pela primeira vez, a 27 de Janeiro de 2008. O seu  movimento aparentemente retrógrado, fará com que a segunda entrada neste signo ocorra a partir de 28 de Novembro deste mesmo ano. Permanecerá nesta  zona do Zodíaco até 2024. A última vez que Plutão transitou por Capricórnio ocorreu entre 1762 e  1778.

in
http://www.blocosonline.com.br/sites_pessoais/sites/lm/esotericos/sigzodiac/capri05.htm

Fui Criança

Fui criança
Fui ver-me
no jardim a brincar,
pedalando com vontade
o triciclo da esperança,
a sorrir.
E chorei.
Saudades
daquela criança
e do mundo
que sonhei.
                     João M. Jacinto


in

Sarau Boca de Cena























Revista DRAMA

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Poetas del mundo

Pobreza









Os ricos sentem-se pobres;
ambicionam ser mais ricos.
Os pobres sobrevivem pobres,
e os que sonham ser ricos
à custa de outros pobres
continuarão pobres,
mesmo que se tornem ricos.
Os ricos serão mais ricos,
os pobres mais pobres,
e seremos todos ricos
de tanta pobreza.

Na minha Terra
morre gente,
por não haver rico
que se aproxime
de pobre.
[Os 500 indivíduos mais ricos do mundo têm rendas maiores que as 416 milhões de pessoas mais pobres do planeta, segundo o relatório 2005 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento [Pnud].
A cada minuto, 12 crianças morrem de fome no mundo [FAO].]
in
http://www.poetasdelmundo.com/verInfo_europa.asp?ID=3248

ANO NOVO COM POESIA

POESIA PARA UM NOVO ANO



in

Amanhã e depois

Não é pressa... é saudade!


Amanhã e depois...
(João M. Jacinto)
O conflito pela sublimidade impacienta o entendimento dos que se preservam no caminho das estruturas, viciados num poder que se absoluta e se contrai, sem vislumbrarem as derrotas necessárias à evolução.
Nos céus desenha-se, com ângulos de tarefas a ordem temporal da vida sujeita ao caos.
A dona da noite cai no túmulo sagrado, enquanto o guerreiro se exila na persistência do tesouro.
O vento sopra do mar coagido de incontrolada tempestade com o intuito de dissolver
o reino obtuso e circunflexo, acastelado de desumanidade.
Soltar-se-ão as esperanças, na confusão do terrífico e os que julgarem ter morrido,
estarão renovados de consciência.
Outros sucumbirão cegos, inabaláveis de orgulho e mesmo que vivos,
não mais serão lançados ao levante do conhecimento.
A noite será assombrosa de inquietação, sem vigília que a ilumine e os uivos dos lobos enfurecidos de frustração, famintos de vingança, perder-se-ão num deserto qualquer, sem dunas que os amparem, nem cadeira que os sustente,
amanhã e depois...

in
http://www.flickr.com/photos/eliezersanchez/2216079336/