terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Magna Editora

João Jacinto


João Jacinto a 22 de Junho de 1959, o primeiro dia do signo Caranguejo, no Montijo. 
Pelo seu percurso profissional diríamos que é um homem de todas as artes, pois de quase todas exprimentou um pouco, mas foi a poesia quem o tocou em primeiro lugar. Desde muito cedo que a poesia faz parte da sua vida. A sonoridade e o ritmo das palavras harmonizam a sua vida desde sempre, impelindo-o no percurso que seguiu.
Juntamente com a poesia surgiu a astrologia, também por um acaso, também pela harmonia. E as duas artes mantêm-se lado a lado. Cresceram juntamente com o João, sendo fruto de uma criação pensada, prazerosa e pensada lentamente.
E assim chegámos ao seu primeiro livro: "Recantos da Lua"! Uma obra que reflete estas duas forças criadoras, e a tentativa incessante de o autor as dominar e as apontar num sentido.  



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quarta-feira, 4 de julho de 2007

Bless by Kagaya

Em cada favo de mel se constrói
a doçura plena do vitae enxame.Em mãos, unem-se retalhos,
obrada colcha que te cobre
do mundo aos pés.

Crescem-te dispostas letras
ajardinadas a jeito de escrita;
palavras
correm como rios,
da tinta que de ti
nasce.
Trabalhosamente,
crias,

as crias,
e crias…,
por amor.

quinta-feira, 17 de maio de 2007

UMA LEITURA ENTRE OS RECANTOS DA LUA

Esta postagem realizada hoje, pelo poeta português João Jacinto , a quem eu denomino afetivamente O MENINO DO MONTIJO, refere-se a um texto que tive a honra de escrever, quando lançou seu belo livro de poemas RECANTOS DA LUA em Vila Nova de Gaia, Portugal.
Este texto foi lido pelo editor da MAGNA EDITORA de Lisboa.

a carmencita, que vos escreve... apenas mantenho a postagem do autor, que sempre surpreende-me como quem pincela um mundo fractal das emoções instigantes.



O Poeta João Jacinto e sua amiga a grande atriz CARLA ANDRINO, que na ocasião leu poemas do Menino do Montijo. Aliás Carla está no Brasil , atriz convidada da novela do Falabela: Negócio DA China,e demonstra em sua interpretação ser de fato um
grande talento lusitano ( comovente a cena em que escutava discos da diva SIMONE DE OLIVEIRA) que traz uma forma de interpretar na televisão brasileira diferente, não vemos nela nenhum vestígio dos gestos que Stanislavski definiu como carimbo e,ou gestos mecanicos.
Ela consegue passar dos momentos trágicos aos mais romanticos, com tamanha naturalidade, que faz com que @ telespetador-a, pense ser ela mais que uma personagem, uma grande amiga, vizinha de porta. Arte sem fronteiras, um mundo que sonhamos.





Na apresentação o autor .




Dra.Maria Leonor Silva e João Jacinto, em Vila Nova de Gaia.Ela quem fez a apresentação do livro num belo texto que escreveu com maestria e arte.
Certo momento quando encenamos DE COMO SER,na qualidde de diretora do Jornal Comércio de Gaia,Portugal, publicou artigo, celebrando além mar a solidariedade ao mundo da criação artística.




reproduzo aqui a postagem que encotro no Blog:

www.recantosdalua.blogspot.com


O texto que se segue foi lido na apresentação do Livro (Re)cantos da Lua, pelo editor Emanuel Vitorino, em Vila Nova de Gaia.Portugal.



Vou escrever frente ao mar, o mar da outra margem do Atlântico, tão salgado mar de Portuguesas conquistas na voz eterna de Luis Vaz de Camões, No mar que chorou as perdas lusitanas e que consagrou as conquistas do Império Quinhentista, cuja história fincou raízes a espalhar mundo afora a Língua Portuguesa. Depois, outros filhos da terra lusitana ,outras e tantas conquistas alçaram.Estas, em reinos de outras línguas, e atravessaram fronteiras , e sob o Império da Emoção, fizeram de Portugal a praia imemorial da Poesia.Uma Ágora, onde sentados na beira de um mar de gentes ,Fernando Pessoa soberano solfeja, os assinalados versos da alma Luisitana, e toca no coração da pátria humana sem fronteiras.Das letras, podemos emprestar o nome do livro homônimo do Premio Nobel de Literatura e dizermos TODOS OS NOMES, onde na emoção me surge José Saramago. Esta tríade dos consagrados escritores, revela uma terra, com uma vocação natural às evocações da alma, da transcendência. O ápice do sentir, o amor e seu duplo a dor.Do Fado, ecoam os acordes da guitarra portuguesa e ela, nos permite levitarmos sob o Tejo, de caudalosas águas.No Tejo a poesia , em afluentes se bifurca, retorna na esquina e renova-se.Renova-se na geração dos escritores que hoje traduzem a grandiloqüência da História, com a magnitude, que habita a alma lusa a expressar-se em sua Língua Portuguesa.A poesia é imprescindível ao ser que se quer saber, e é sempre uma inimiga feroz, dos processos econômicos virulentos, que se propagam, nas artérias das cidades, insuflando comportamentos, atitudes da repetição consumista.Assim que se a poesia, nada contra a correnteza de um mudo que apregoa valores do ter ante o ser, ela, a Poesia , em Portugal, emerge do leito do Tejo.E, com a história de resistências culturais, encontra na sua Língua materna, uma aliada identidade.A identidade cultural formada na sua diversidade histórica e social.Uma editora, que divulgue novos poetas, haveria de ter um nome Magno, assim que encontro em Lisboa a MAGNA EDITORA, a editar os valores literários portugueses e universais.Fato que me parece salutar , diria ainda e não por aliteração, mas por reconhecimento:Magnâmico. Editar a poesia contemporânea portuguesa.E aqui, encontramos o Poeta João Jacinto e seu livro RE CANTOS DA LUA.Uma poesia, profunda densa, filosófica, por vezes dócil, amena, mas sempre contundente, uma palavra como uma lamina afiada a tocar na pele, para sangrar,as feriadas do ser, não deixar cicatrizar a superficialidade.Uma poesia que abre nossos poros fechados, no dia a dia da sobrevivência, nas vivencias amorosas que não se permitem o confronto das diferenças, um mergulho no país da infância onde ali o poeta encontra a utopia da absoluta felicidade e pureza do ser.A primeira vez que li a sua poesia, as palavras iluminaram o dia que já era claro e feliz, foi no dia de meu aniversário. Li, reli do Poeta, um poema sincopado onde Parabenizava o dia do aniversário, dizer tanto da vida num poema tão breve. A vida pareceu ser ainda mais mágica, por aquelas palavras, um pequeno hinário a vida.Soube de imediato a grandeza humana e literária do poeta.Encontramos João Jacinto por vezes, Filósofo, inquiridor das vicinais artérias da avenida da vida, a buscar o oculto, revelando os turbilhões humanos usualmente admoestados em caixas escondidas nos porões da nossa memória.O Filósofo Poeta, não concilia, abre as chagas, as expõem,não se poupa, é o narrador e seu protagonista, o criador e a sua criatura, a poesia no estado mais latente de humanidades que sangram, aos poros dos que atravessam a fronteira de busca do auto-conhecimento.Esta lavra, inquiridora, reveste-se, em minha opinião, da maior promessa poética da Literatura Contemporânea. Ela vara os limites, do caos urbano, cosmopolita , globalizado , para pontuar, ao centro da humanidade, a palavra útero.Ali onde as emoções fecundam e nascidas se multiplicam afloradas no lirismo ou abafadas sob os nãos . Estes , como aquela ,presentes a diário nas vidas humanas .Ambas vertentes encontramos na obra RE CANTOS DA LUA.O Poeta aponta a lamina da palavra faca afiada, na epiderme retesa,das oclusas saídas do ser em desencontro de seu duplo amoroso, mas, não o diz do leitor e , sim a si próprio.Imola-se, e por suas palavras nos absolve dos nossos caminhos tortos, mas nos deixa atentos.A a vigília da palavra em poesia permanece a convidar que ousemos transpassara porta que em estando fechada, pode ser aberta, pois que a poesia promove a reinvenção da vida.Há ainda na poesia de João Jacinto no contrário construtivo de seus versosuma outra ponta do fio desta meada filosófica. Faço referencia à amplidão psicológica dos feitos do narrador da poesia, o Poeta.O poeta é seu próprio paciente e ele o Psicólogo, faz o diagnóstico:Percorro entristecido, o labirinto construído de medo, ou ainda... Sou o duplo de confundíveis identidades.João Jacinto amplia na sua poesia, as vertentes de seu escrever, filósofo, psicólogo, trágico.Se a tragédia, nascida na Grécia, primou os versos ditirâmbicos, o poema de versos livres de Jacinto, nos remete ao sentido mais visceral do gênero Trágico, propulsor da tragédia. .Encontramos na obra o Herói Trágico, é o poeta narrador na sua grandiloqüência de procura de seu estar diante do ser, trazido em palavras aradas.Da mesma verve heroicizada daquelas tragédias gregas, como nos versos de CANTO PROIBIDO, OU ARREPENDIMETO;Quem me ouvirá quando puser em enlouquecida fuga, para os confins derradeiros do mundo? , sinto o desespero amargo dos teus sentidos ou ainda literariamente, o verso final do poema ULTIMA CEIA:Caia o pano,que finde de vez esta ultima ceia.A profundidade destes versos, é assombrosa, as encontramos quase de relance, na leitura do poema, e já não somos nós mesmas, nós mesmos. .A força do existir na pluralidade dos sentires se instauraEntão, em outro verso, ele busca a conciliação, a compreensão, compaixão e vislumbra o lirismo imemorial da alma dita POÉTICA. Encontramos o pintor, que aflora, pois que na vida já percorreu as artes plásticas.O Pintor é quem agora,na pele de poeta,colore na folha impressa os tons da natureza,retirados da sua palheta de palavras cores..Manhãs douradas, eras o sol do meio dia, brilhando por cima de minha vida,um arco-íris que sobressai,quero olhar o firmamento e perder-me a contar estrelas, que amadureçam os frutos do amor, dancei aos ventos, perfumado de azul e algas, verdejantes primaveras.Esta riqueza de contextualizações na obra de João Jacinto, quanto mais o lermos, tanto mais será ampliada.Antes de finalizar, é imperioso dizermos que a poesia do poeta João Jacinto, suscita incontáveis leituras e já ficamos a esperar outros livros.Hoje, acompanhemos o poeta, nascido em Montijo, quando em seus versos ,também cultua o país sagrado, aquele mesmo, que todos nós já habitamos um dia: o país da infância. O poeta foi uma criança feliz, sob olhares femininos, que o circularam, Mãe, Avó,Tia, Irmã,Vizinha, e na sua formação a envolver seu crescimento, ainda a musica paterna, um fagote transpassando sons a enriquecerem a personalidade aflorada nos jardins verdes dos afetos.João Jacinto, sua literatura é um bálsamo a revitalizar a Língua Portuguesa, que atravessará os mesmos mares “sempre dantes navegados” a entregar ouro e prata, da melhor alma humana, na poesia do MENINO DE MONTIJO.


Saudações.

Ilha, Florianópolis, sul do Brasil

Aos 16 de Abril de MMVII
Carmen Lucia Fossari



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postagem copiada , do Blog:





Publicada por Recantos da Lua em 17:04


http://www.recantosdalua.blogspot.com/
.




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terça-feira, 8 de maio de 2007

De Como Ser


O espetáculo DE COMO SER, que estreou dia 12 de dezembro passado no TEATRO DA UFSC (Praça Santos Dummont), retorna no próximo final de semana no mesmo teatro.

Com base em poemas, DE COMO SER, ultrapassa o limite de recital e ganha a cena num jogo teatral belo , repleto de surpresas e magia.O espetáculo é um mergulho nas possibilidades do amor, nas relações amorosas. Retrata ainda a busca de cada ser por suas verdades, memórias afetivas, encontros e desencontros.Um momento de rara beleza
ritualística no nosso palco.

O roteiro é composto a partir de poesias ,de Portugal
Fernando Pessoa , e seus heterônimos:Alberto Caeiro e Álvaro de Campos,e o poeta contemporâneo, também de Lisboa João Jacinto, autor do livro de poesias OS (Re) Cantos da Lua, editora Magna, Lisboa
Fernando Pessoa, em seus versos , que trabalham a alma humana.Em cada poesia ,encontramos ressonância no leitor das palavras por ele escritas, todas abrangendo os caminhos e arestas diversas do Ser, tem no poeta João Jacinto, a mesma escola, do poema que retrata as variações , encontros e desencontros de cada qual na luta de se reconhecer diante dos diversos estares nas fases que a vida apresenta.

Os brasileiros Carlos Drummond de Andrade e Cecília “eterna” Meireles, presentes em DE COMO SER compõem esta trama dos humanos sentimentos.Optou-se por inserir JOSÉ, um dos mais conhecidos poemas brasileiros, numa interpretação inesperada, presentifica-se o corpo repleto de significações sociais.

Um momento de poesia num palco lírico e onírico.


Os Poemas:
Todas As Cartas de Amor São Ridículas, de Álvaro de Campos, Eu Nunca Guardei Rebanhos, Se Às Vezes Digo Que A.
Flores Sorriem e Última Estrela de Alberto Caeiro,Entre o Luar e O Arvoredo,de Fernando Pessoa,Escadas,Fui Criança, Jardim da Vida, ,Canto Proibido,Fingidor e Marinheiro de João Jacinto,
José ,Quadrilha e Poema das Sete Faces, de Carlos Drummond de Andrade,Canção,Motivo, Serenata e Preciso Não Esquecer Nada de Cecília Meireles

Atores do Pesquisa Teatro Novo e alunos da OPT, dirigidos por Carmen Fossari integram o cast do espetáculo.
Participam dois conceituados atores, Gringo Starr e Ivana Fossari, que recentemente interpretaram Pablo Neruda e Matilde Urrutia na peça Don Pablo Entre Vogais,encenado pelo Grupo Pesquisa Teatro Novo
.

Serviço : De Como Ser
elenco:mariana lapolli,diego barardi,felipe fagundes,
sauthier anderson,álvaro guarnieri,nayara hachich
atores convidados: gringo starr e ivana fossari

técnica:amanda batista-luz,claudete.
foto: simone correa
flye: mihele millis

direção geral: carmen lúcia fossari

dias: 11, 12 e 13 de maio
local: Teatro UFSC-Pça Santos Dummont -Trindade
hora: 21:00
promoção : dac, prce, ufsc
contatos :331 9348 99717066


in
http://carmenfossari-armazemdapalavra.blogspot.com/2007/05/o-espetculo-de-como-ser-que-estreou-dia.html

domingo, 6 de maio de 2007

De Como Ser



Dias 11,12 e 13 de Maio

PESQUISA TEATRO NOVO apresenta:

um momento de poesia num palco lírico e onírico

O espetáculo DE COMO SER, que estreou dia 12 de dezembro passado no TEATRO DA UFSC (Praça Santos Dummont), retorna no próximo final de semana no mesmo teatro.

Com base em poemas, DE COMO SER, ultrapassa o limite de recital e ganha a cena num jogo teatral belo , repleto de surpresas e magia.O espetáculo é um mergulho nas possibilidades do amor, nas relações amorosas. Retrata ainda a busca de cada ser por suas verdades, memórias afetivas, encontros e desencontros.Um momento de rara beleza ritualística no nosso palco.

O roteiro é composto a partir de poesias ,de Portugal
Fernando Pessoa , e seus heterônimos:Alberto Caeiro e Álvaro de Campos,e o poeta contemporâneo, também de Lisboa João Jacinto, autor do livro de poesias OS (Re) Cantos da Lua, editora Magna, Lisboa
Fernando Pessoa, em seus versos , que trabalham a alma humana.Em cada poesia ,encontramos ressonância no leitor das palavras por ele escritas, todas abrangendo os caminhos e arestas diversas do Ser, tem no poeta João Jacinto, a mesma escola, do poema que retrata as variações , encontros e desencontros de cada qual na luta de se reconhecer diante dos diversos estares nas fases que a vida apresenta.

Os brasileiros Carlos Drummond de Andrade e Cecília “eterna” Meireles, presentes em DE COMO SER compõem esta trama dos humanos sentimentos.Optou-se por inserir JOSÉ, um dos mais conhecidos poemas brasileiros, numa interpretação inesperada, presentifica-se o corpo repleto de significações sociais.


Um momento de poesia num palco lírico e onírico.


Os Poemas:
Todas As Cartas de Amor São Ridículas, de Álvaro de Campos, Eu Nunca Guardei Rebanhos, Se Às Vezes Digo Que As Flores Sorriem e Última Estrela de Alberto Caeiro,Entre o Luar e O Arvoredo,de Fernando Pessoa,Escadas,Fui Criança, Jardim da Vida, Canto Proibido,Fingidor e Marinheiro de João Jacinto,
José ,Quadrilha e Poema das Sete Faces, de Carlos Drummond de Andrade,Canção,Motivo, Serenata e Preciso Não Esquecer Nada de Cecília Meireles


Atores do Pesquisa Teatro Novo e alunos da OPT, dirigidos por Carmen Fossari integram o cast do espetáculo.
Participam dois conceituados atores, Gringo Starr e Ivana Fossari, que recentemente interpretaram Pablo Neruda e Matilde Urrutia na peça Don Pablo Entre Vogais,encenado pelo Grupo Pesquisa Teatro Novo
.

Serviço : De Como Ser
elenco:mariana lapolli,diego barardi,felipe fagundes,
sauthier anderson,álvaro guarnieri,nayara hachich

atores convidados: gringo starr e ivana fossari

técnica:amanda batista-luz,claudete.
foto: simone correa
flye: mihele millis

direção geral: carmen lúcia fossari

dias: 11, 12 e 13 de maio
local: Teatro UFSC-Pça Santos Dummont -Trindade
hora: 21:00
promoção : dac, prce, ufsc

contatos :331 9348 99717066


http://www.agecom.ufsc.br/index.php?id=5008&url=ufsc

sábado, 21 de abril de 2007

(Re)cantos da Lua / Vila Nova de Gaia


Discurso de apresentação do livro (Re)cantos da Lua, em Vila Nova de Gaia, pela jornalista Dra. Maria Leonor Silva

Ao meu querido amigo João Jacinto, a todas aquelas e aqueles que quiseram partilhar alguns momentos de convívio e amizade em volta de um livro.
O João como carinhosamente gosto de chamar teve a gentileza e a honra de me convidar para aqui estar hoje a apresentar este livro.
É uma tarefa ingrata, mas ao mesmo tempo estimulante. Eu que também sou uma sonhadora identifico-me com o autor e amigo, pois se calhar tem a ver com o planeta que nos rege aos dois “A LUA”.
Li e reli os (Re)cantos da Lua, e se me permitem vou acrescentar alguns adjectivos. É perturbante, sensual e contém uma carga emocional muito forte. É esta tripla dimensão que mais me apaixonou nesta obra que está diante de vocês.
Sobre este livro tenho mais para acrescentar. É uma viagem ao lado lunar da vida.
Eu não sei quantas estrelas tem o céu, mas sei que estes (Re)cantos da Lua estão cheios de palavras escritas com sentido e sentimento, plasmadas na alma de alguém que não parou de sonhar e tenta uma nova aventura na vertigem da poesia. João Jacinto que eu conheci há algum tempo é um alquimista dos sonhos, caranguejo de signo, estudioso da Astrologia e de outras artes mais ou menos lunares. TEM OUTRO ATRIBUTO: é capaz de corporizar uma ideia e um projecto susceptível de levar pessoas a experimentar tocar a felicidade que tanto aspiram e desejam.
Ao chegar a este patamar feito de afectos, sempre vos digo que este livro se folheia com prazer e como ler não pode ser uma maçada, antes um exercício de prazer e fonte de conhecimento, então estes “(Re)cantos da Lua” trazem-nos de volta uma visão cósmica do mundo, onde nem sequer faltam algumas essências da vida, como o amor, a fé (sim, este livro é também uma obra profética, sem querer evangelizar ou catequizar o comum dos mortais…) cujo o poema “Criar” nos conduz de forma clarividente à imagem e semelhança do Criador.
Porém, é no corpo, essa matéria de seduções, ódios e paixões que o livro mais me sensibilizou. Sem querer fazer qualquer analogia com outros poetas do amor, nomeadamente, Eugénio de Andrade, esse poeta superior da língua portuguesa e que nos deixou uma obra fulgurante e ao mesmo tempo, incomensuravelmente bela, também eu “Olho para a noite e apaixono-me sob o encanto pálido da Lua”, também eu considero o verbo criar, como uma “forma de dar e ser possuído”. Ou traduzindo o autor “é a divisão do nada, explosão infinita das ideias, na multiplicidade dos sentidos”.
Este livro que vos deixo, qual António Aleixo dos tempos modernos, não procura dar respostas sobre nada, nem é uma cartilha de bons ou maus sentimentos. Apenas traduz estados de alma, poemas do fundo do coração e capazes de fazer voar a nossa imaginação criadora. Não têm mensagem, nem destinatário. Têm, no entanto, um grande simbolismo e inquietam-nos a alma. Se tal acontecer, estes “(Re)cantos da Lua” já terão valido a pena ter descido ao planeta Terra e jorrado esta galáxia de luz capaz de iluminar o lado lunar das nossas vidas.
Obrigado João por todos nós termos tido a felicidade de partilhar estes momentos de intimismo poético.

Maria Leonor Silva
20 de Abril de 2007

quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

(Re)cantos da Lua / S.Paulo - Brasil

Secção de Autógrafos

No dia 9 de Fevereiro, estarei em SãoPaulo/Brasil, no Hotel NH, na Rua Frei Caneca, nº. 1.199 (Estação de Metro – Consolação), pelas 18 horas, para uma Secção de Autógrafos, do meu livro “(Re)cantos da Lua”.

sexta-feira, 12 de janeiro de 2007


Caminho


Aprendo no contraste,
cresço nos diálogos.
Mestre nos erros
que detecto,
no querer
que corrijo.
Vagueio errante
à nossa procura
e todos os dias
encontro-me
desenhado
no caminho
que me levará a ti.


Caminho,
nos dois,
sentido.


joão jacinto
in
http://www.fotolog.com/lilivitiz/24223165